"Três mulheres extraordinárias e muito diferentes no Mississippi durante os anos 60, que construíram uma improvável amizade em torno de um projecto secreto que quebra todas as regra sociais e as coloca a todas em risco. Desta inesperada aliança, emerge uma admirável irmandade, incutindo-lhes uma coragem para transcenderem os próprios limites, e a consciencialização de que às vezes esses limites existem para serem ultrapassados – mesmo que isso signifique que todos na cidade tenham de confrontar-se com os tempos de mudança."
Fui hoje ver este filme, e achei-o magnifico e muito emocionante.
Incrível como é que em 1960 era tão diferente dos dias de hoje, apesar de que ainda há racismo em pleno século XXI mas não com este tamanho.
Ninguém pode ficar indiferente a este filme, porque incomoda, perturba, questiona-nos sobre que seres Humanos somos nós.
Mississipi que é apenas um exemplo de uma boa parte da América da década de 60, em que o segregacionismo era um regime legalmente instituído e em que a criadagem ainda estava a transitar do estado jurídico de "escravo" para o de "pessoa".
Os EUA são um grande país, mas em muitos aspectos da sua História, constituem uma tremenda injustiça, não são o único país assim, longe disso. Toda a Pátria tem um percurso histórico que reflectiu o ambiente da época e Portugal, não é também, nenhum país de brandos costumes como Salazar quis mistificar. Estivemos à beira da guerra civil há trinta e tal anos, matámos em nome da Religião, tivemos intrigas e mortes palacianas, tivemos Reis cruéis.
Mas ao ver este filme, somos confrontados com aquilo que, se pratica mais amiúde, o racismo, que não é só relativamente à cor.
Há no filme uma empregada negra que diz uma cantilena a uma menina filha dos seus patrões que nasceu sem o dom da beleza e da magreza que serve como educação, que é:
I am beautiful, I am strong, I am Important
Eu sou bonita, Eu sou forte, Eu sou importante
E há também uma senhora negra já idosa que diz à menina que criou e que é a principal deste filme:
"Quando te levantares, dirige-te ao espelho e pergunta se hoje vais deixar que eles destruam a tua esperança?!"
Somos todos iguais, independentemente da raça, da cor, do tamanho, etc...
